“‘Se você não der o primeiro passo, nunca vai começar.”
A jornada de preparação para o Processo Seletivo para Praticantes de Prático de Navios pode parecer árdua e desafiadora. Para aqueles que estão começando a se preparar agora, ouvir as experiências de quem já percorreu esse caminho é de extrema importância. No Curso H, acreditamos que o aprendizado vai além das salas de aula e dos materiais de estudo.
Por isso, trouxemos o depoimento de Daniel Morelembaum, um aluno dedicado que compartilhou conosco sua trajetória de estudos e insights valiosos sobre a preparação para o PSCPP. Através de sua história, é possível compreender a importância de um planejamento bem estruturado, disciplina e a busca por um suporte especializado, como o nosso, que são essenciais para alcançar um nível de conhecimento realmente sólido para o próximo concurso. Confira a entrevista completa abaixo:
Curso H: Estamos aqui com Daniel Morelembaum, que é um dos nossos alunos. Daniel, primeiro conta para a gente qual é a sua formação e o que você faz hoje, além de estudar para a Praticagem?
Aluno Daniel: Eu sou oficial de Náutica. Me formei na EFOMM no final de 2014, quando comecei a me interessar pela Praticagem. Ingressei no Curso H na modalidade presencial em 2016, foi quando eu comecei efetivamente a estudar. Eu estava trabalhando até dezembro do ano passado e, desde então, dei uma pausa para me concentrar nos estudos.
Curso H: E como você conheceu a profissão de Prático de Navios?
Aluno Daniel: Um conhecido meu passou no último concurso, em 2008, e, depois, alguns familiares meus também começaram a estudar para o concurso. Foi aí que eu comecei a ter contato com a profissão de forma indireta. Lembro que foi no meu ano de vestibular e eu nunca tinha ouvido falar de Praticagem ou da EFOMM, estava completamente fora desse meio marítimo. Pesquisei, gostei e também conheci a EFOMM. Decidi esquecer as matérias que eu estava estudando para o vestibular e focar nos estudos para a EFOMM.
No ano seguinte, estudei para a EFOMM porque, no ano em que descobri, as inscrições já tinham encerrado. Entrei para esse universo marítimo. Dentro da EFOMM, você ouve falar mais, tem mais contato com a profissão. Alguns veteranos meus da época de faculdade fizeram o concurso de 2012 e passaram. Assim, comecei a ter mais contato com a profissão. Meus familiares, graças a Deus, também passaram no último concurso, o que tornou essa possibilidade mais real para mim.
Curso H: Então você tem pessoas da sua família que passaram no concurso? Pode nos contar o que eles faziam antes de ingressarem na carreira de Prático?
Aluno Daniel: Sim, tenho. Um deles era administrador e o outro economista, ambos completamente fora do mundo marítimo. Eles são mais velhos do que eu e entraram nesse mundo junto comigo, na mesma época. Estudaram sem nenhum conhecimento prévio e foram bem-sucedidos.
Curso H: Muito interessante! E como você conheceu o Curso H?
Aluno Daniel: Quando comecei a estudar, tive aquele período entre me formar e começar a estudar para a Praticagem. Fui buscar um curso. A Praticagem era uma área muito obscura. Hoje em dia, não mais, mas na época havia poucas opções de cursos. Pesquisei e o Curso H era pioneiro, se não me engano, era o único curso grande na época, e ficava no Jardim Botânico, perto de onde eu morava. E oferecia a modalidade presencial; acho que na época não havia modalidade online. Isso foi um pouco difícil para mim, porque eu embarcava na época, então ficava dividido. Quando estava desembarcado, assistia às aulas, e quando embarcado, me programava para estudar no meu tempo livre a bordo dos navios.
Em 2016, ingressei no curso e acompanhei o cronograma ao longo do ano. Desde então, sempre mantive contato com o Curso H, participando dos cursos. Cheguei a refazer o Curso Regular no formato telepresencial, e depois entrei no Curso de Exercícios, do qual nunca mais saí.
Curso H: Você começou pelo Curso Regular, certo?
Aluno Daniel: Sim, comecei pelo Curso Regular, na modalidade presencial.
Curso H: E como foi o Curso Regular para você? Como ele te ajudou no início dos estudos?
Aluno Daniel: Eu nunca estudei para um concurso antes. Eu estudei para o vestibular e para a prova da EFOMM, mas são coisas diferentes. Na EFOMM, você sabe quantas vagas há e que todo ano tem o processo seletivo. Eu sempre fui meio perdido nos estudos. Nunca fui um aluno que estudava muito, então não sabia como estudar. Entrei para um cursinho preparatório e basicamente fazia o que o cursinho mandava: resolvia os cadernos de exercícios e deu certo, entrei para a EFOMM.
Quando comecei a me preparar para a Praticagem, procurei algo semelhante. Eu não sou autodidata. Entrei no curso teórico do H e segui o cronograma. No início, a quantidade de matéria é muito vasta e a gente fica meio perdido. Então, o curso foi essencial para me guiar nesse processo.
Depois, fui para o Curso de Exercícios, onde tive um direcionamento maior. Hoje em dia, tenho meu próprio ciclo de estudo, mas o curso foi fundamental, especialmente no início, para organizar tudo na minha cabeça e me manter motivado. No começo, você vê o conteúdo de Arte Naval e já pensa que nunca vai conseguir decorar tudo. Mas, com o tempo, a matéria vai ficando mais fácil e começa a fazer parte do seu entendimento.
Curso H: E como está sua rotina de estudos atualmente?
Aluno Daniel: Este ano foi uma grande mudança para mim, pois parei de trabalhar. Até o ano passado, eu dividia meu tempo entre o trabalho e os estudos. Quando estava embarcado, estudava conforme o tempo permitia. Em casa, tentava estudar o máximo possível, mantendo um equilíbrio emocional. Hoje, como parei de trabalhar, consigo organizar melhor meu tempo de estudo, como se fosse meu trabalho. Estudo algumas horas por dia e só paro quando cumpro minha meta. Trato como se fosse um trabalho normal, apesar de não ser pago, eu trato como se fosse. Estou seguindo meu ciclo.
Curso H: Você tem que ser disciplinado, né?
Aluno Daniel: Muita gente me pergunta sobre isso, e eu digo que, hoje em dia, eu nem considero isso como algo extraordinário. Eu vejo como minha obrigação. Se eu parei de trabalhar para estudar e não estudasse, seria um erro.
Curso H: E, dentro das matérias, tem algum assunto que ainda é espinhoso para você? Alguma área que ainda é desafiadora até hoje?
Aluno Daniel: O meu maior medo, antes de parar de trabalhar, era o edital sair e eu não estar pronto para o pós-edital. Caramba, eu estudei tanto, vi tanto, gastei tanto tempo da minha vida com isso. Imagine só, sai o edital e eu não estou preparado. Foi isso que me levou a dar uma pausa para me dedicar 100%.
No final do ano passado, eu pensava: “Caramba, eu não sou bom em nada. Eu erro questão em todas as matérias.” Isso me dava um certo pânico. Hoje, consegui evoluir. Aumentei o volume de estudos, de questões, de revisões e consegui progredir. Mas, quanto mais você evolui, mais você percebe o quanto ainda não sabe. A matéria é muito extensa.
Principalmente nos simulados, onde o pessoal vai a fundo nos detalhes, sempre há algo que não é o meu forte. Acho que não tem uma matéria que me assusta mais do que outra. Todas têm seus pontos específicos que são mais difíceis para mim. Eu, por exemplo, não sou bom com números. Chega nos cálculos do PNA, ou na Normam-112, por exemplo, que fala sobre o cerimonial da bandeira, eu travo.
Parece algo bobo, como decorar datas, mas sou péssimo nisso. Enquanto isso, em conceitos, eu me saio bem melhor. Mas, mesmo dentro de cada matéria, tenho minhas dificuldades.
Então, hoje em dia, eu não diria que há uma parte muito mais complicada, mas todas as matérias têm detalhes que ainda não consegui decorar. E é isso que vou buscando, sempre cercando os pontos mais fracos para estar cada vez mais preparado.
Curso H: E qual é a sua expectativa em relação ao próximo concurso? Você já tem alguma ordem de ZPs em mente?
Aluno Daniel: Ah, eu tenho uma noção de que quero ficar o mais perto de casa possível. Moro no Rio, então quero ficar por aqui. Mas, quanto à ordem exata das ZPs, ainda não parei para pensar muito nisso. Vou esperar o edital sair, ver quais ZPs vão abrir e, aí sim, organizar meus critérios.
Tenho uma ideia de quais critérios são mais importantes para mim, mas a escolha exata das ZPs, de verdade, eu ainda não fiz. Uma hora terei que escolher, eventualmente. Mas estou postergando isso para quando for necessário.
Curso H: E qual é a sua maior expectativa em se tornar um praticante de prático?
Aluno Daniel: Eu já trabalho nessa área, né? Sempre trabalhei no meio do petróleo, com supply. A parte de manobras dos navios sempre foi a que mais me agradou na profissão. A rotina do dia a dia a bordo pode ser monótona, mas eu sempre gostei de quando os navios chegavam ao porto, e eu pedia para participar da manobra.
Eu embarquei em muitos navios que não pegavam Prático no porto, e mesmo fora do meu horário de serviço, eu queria fazer a aproximação de plataforma. Essa é a parte mais gostosa da profissão, para mim. A Praticagem, além dos benefícios como bons salários e uma boa escala de trabalho, traz essa gratificação pessoal. Eu até brinco que, se o concurso oferecesse as mesmas condições de trabalho e salário que eu tinha antes, eu ainda assim estudaria para a Praticagem, porque realmente gosto dessa parte.
Curso H: Quando passar, o que você pretende fazer primeiro?
Aluno Daniel: Ah, quando eu passar, espero muito passar para a segunda turma de algum lugar e tirar um ano para relaxar, viajar, curtir com minha esposa. Respirar um pouco. Quero passar um ano sem ler nenhuma norma, sem abrir nenhum livro para descansar.
Curso H: E, para fechar, o que você recomendaria para uma pessoa que deseja começar e avançar consistentemente até alcançar um patamar competitivo nos estudos? Ela vai começar, mas quer chegar lá. O que você recomenda?
Aluno Daniel: Eu acho que, hoje em dia, muita gente me pergunta sobre isso. Quando decidi pedir demissão, muitos amigos perguntaram se eu sabia de alguma coisa ou se meus familiares sabiam, mas não. Muita gente ficou interessada e perguntou: “Você acha que eu devo começar a estudar? Ainda dá tempo?”
Eu acho que a pessoa tem que dar o primeiro passo. Se você não der o primeiro passo, nunca vai começar. Ah, o concurso está daqui a seis meses. Dá tempo de se preparar? Provavelmente não. Mas, se o concurso for daqui a três anos, dá tempo? Sim, dá.
Ninguém sabe quando será o próximo concurso. Então, se você tem vontade, não importa se o concurso está perto ou longe ou se a concorrência está muito forte. Tem que começar. Se não passar no próximo, passa no outro. O concurso sempre vai existir, a periodicidade a gente não sabe, mas sempre haverá concursos.
O que eu digo para os meus amigos que me perguntam é: comece, porque se não começar, não vai ter chance. A galera que está voando nos simulados hoje não estava assim dez anos atrás. Tem gente que está voando agora, mas há dois anos não estava. O tempo de preparação é muito pessoal. Tem gente que estudou por oito meses no último concurso e passou. Exceção. E vê gente que estuda há seis, sete anos e não performa. É muito individual.
Então, a minha dica é: tem vontade? Comece. Dê o primeiro passo, faça um curso, veja como é a matéria. Muita gente quer começar, mas não tem nem ideia do que é. Não sabe o que é “boreste” ou “bombordo”. Começar a entender a matéria é o que custa no início, mas se você pode pagar por um curso, faça. O Curso H é uma ótima forma de direcionar seus estudos. E é isso. Tem que dar o primeiro passo. É o único jeito.
Curso H: Bom, acho que eram essas as perguntas que eu tinha para você, Daniel. Muito obrigado. Você deu comentários preciosos para seus colegas e para outras pessoas que estão estudando. Uma perspectiva bastante única. Muito obrigado pelo depoimento!
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A trajetória de Daniel Morelembaum é um exemplo claro de que a preparação para o PSCPP exige não apenas dedicação e esforço, mas também a escolha de uma metodologia eficiente e direcionada. A experiência de um aluno que equilibra estudos com a vida pessoal, e enfrenta com resiliência as dificuldades ao longo do caminho, reflete a realidade de muitos que almejam se tornar Práticos.
No Curso H, oferecemos o suporte e as ferramentas necessárias para transformar essa jornada em uma história de sucesso. Afinal, o primeiro passo é sempre começar e, com a orientação certa, o caminho para a aprovação se torna cada vez mais claro.
