O Porto de Santos, uma das 22 Zonas de Praticagem (ZPs) do país, celebra este ano o seu 125º aniversário e as comemorações começam nesta quinta-feira, 2, com o lançamento do projeto do Centro Integrado de Comando Operacional. À tarde, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella Lessa, visitará a cidade para a inauguração do Centro de Controle de Tráfego de Embarcações, o Vessel Traffic Management Information System (VTMIS).
Uma das mais importantes ZPs do país, o Porto de Santos tem hoje 61 práticos de navios trabalhando ali, entre eles, uma mulher. São eles os responsáveis por coordenar as manobras de embarcações nas zonas de atracação e desatracação do porto. Há, ainda, dez praticantes de práticos de navios atuando no local, entre eles, uma mulher também.
A história do ancoradouro, aliás, se confunde com a do Brasil. No fim do século XIX, com o mercado do café em evolução na província de São Paulo, se fez necessária a instalação de um porto na região para escoar a produção. Em 12 de julho de 1888, um decreto imperial autorizou o grupo liderado por José Pinto de Oliveira, Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle a construir o Porto de Santos, com o direito de explorá-lo comercialmente por 39 anos. Quatro anos depois, em 1892, eram entregues os primeiros 260 metros de cais, erguidos na enseada conhecida à época como Valongo.
Muito antes disso, porém, já se navegava pelas águas de Santos. Em 1531, chegava à cidade o feitor Braz Cubas em uma expedição portuguesa. Foi dele a ideia de proteger o porto das invasões piratas, transferindo-o da Baía de Santos para o sítio Enguaguaçu, na entrada do Canal de Bertioga. Foi este ancoradouro que, futuramente, foi reformado, ganhando muralhas, aterros e armazéns, transformando-se, em 1888, num porto muito diferente. Dali para frente, a atividade só aumentou.
Em 1980, o porto passou a ser administrado pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Estrutura: 7.765.100 m² de área total; 59 berços, dos quais dez são privados e 49 administrados pela União, via Codesp; 13 km de cais; 62 armazéns; três dutos; 100km de linhas férreas; granéis sólidos para armazenar mais de 2,5 milhões de toneladas.
Cargas predominantes: Carga geral, contêineres, veículos, máquinas, papel celulose, açúcar (em sacos e a granel), soja em grãos, adubos, enxofre, carvão, farelo de polpa cítrica, minério de ferro, produto siderúrgico, produtos químicos e petroquímicos, combustíveis e sucos cítricos.
Praticagem: Serviços de Praticagem do Porto de Santos e Baixada Santista S/C.
