História da vela no Brasil

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O iatismo e a Praticagem são atividades de natureza distintas, mas com algo importante em comum: a paixão pelo MAR!

Não é por acaso que tantos velejadores e entusiastas da vela decidem se tornar Práticos de Navios. Muitos conhecem a Praticagem vendo o dia a dia dos Práticos, que usam a estrutura de clubes náuticos a que são filiados como ponto de embarque e desembarque. Para quem já aprecia e conhece de perto o ambiente marítimo, a Praticagem é uma opção natural de carreira, e é por isso que decidimos falar um pouco mais sobre o assunto!

Abaixo você confere um artigo muito interessante feito pela Confederação Brasileira de Vela sobre a história da vela no Brasil.

 

Origem do iatismo no mundo

O uso de barcos a vela começou há séculos, porém para competições somente teve início no século 17. As primeiras regatas ocorrem em águas britânicas por incentivo do rei Carlos II. O primeiro clube de vela conhecido, o Royal Cork Yatch Club nasceu na Irlanda, em 1720. Somente 29 anos depois o clube realizou sua primeira grande regata, entre Greenwich e Nore. Em 1775 surgiu o Royal Thames Yatch Club, em Londres.

A primeira regata internacional foi realizada em 1851, próximo à Ilha Wight, com o nome de Hundred Guineas Cup. No mesmo ano, surgiu a America’s Cup, a mais famosa e prestigiada regata no mundo da vela. Em 1907 nasceu a União Internacional de Corridas de Iates (IYRU), rebatizada anos depois de Federação Internacional de Vela (Isaf). Mais recentemente, a entidade mudou seu nome para World Sailing.

Sobre o esporte

O iatismo ou vela é o nome dado ao esporte que envolve barcos movido exclusivamente por velas, com o uso da força do vento como meio de deslocamento. Genericamente, os barcos a vela podem ser divididos entre os monotipos e os barcos oceânicos. Essa designação depende da dimensão da embarcação e da possibilidade de residir a bordo.

Os barcos monotipo são construídos com base em uma regra preestabelecida e são exatamente iguais, nas diferentes classes existentes. Dessa maneira, somente competem entre si. Uma competição de barcos a vela pode reunir, no mesmo evento, diversas classes que irão disputar as provas, chamadas regata, em locais (raias) e horários diferentes. É o caso dos Jogos Olímpicos em que atualmente é disputado por 10 diferentes classes de monotipos.

 

Vela no Brasil

A vela chegou ao país no fim do século 19, trazida pelos europeus. Em 1906, surgiu o Iate Clube Brasileiro, no Rio de Janeiro (Niterói). A primeira regata nacional foi o Troféu Marcílio Dias, realizado em 1935.

Atualmente, a Confederação Brasileira de Vela realiza anualmente a Copa Brasil de Vela, competição que reúne as classes olímpicas e tem como objetivo formar a Equipe Brasileira de Vela, que recebe apoio para a disputa das principais competições no ano. Em paralelo, a entidade também investe em novos talentos com a realização da Copa Brasil de Vela Jovem.

Dentro do programa Vela Jovem, a CBVela também atua na organização da Copa da Juventude, competição que serve de seletiva para o Mundial da Juventude da World Sailing. Além disso, a CBVela apoia a participação dos atletas nos demais Mundiais de classe jovem e gerencia o programa Conhecendo Novas Velas, que apresenta a modalidade para as crianças.

Outras competições importantes no calendário nacional da vela são a Semana de Vela de Ilhabela e a Regata Internacional Recife/Fernando de Noronha. A cidade de Itajaí, em Santa Catarina, também é palco de uma importante disputa internacional: a Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo.

 

Jogos Olímpicos

A vela deveria ter integrado o programa olímpico na primeira edição dos Jogos, em Atenas (1896), porém as condições meteorológicas ruins impediram a disputa. Assim, a modalidade somente realizou sua estreia olímpica em Paris (1900). Ao longo dos anos, diversas classes fizeram parte do programa. Atualmente, são dez: RS:X (masc e fem.), Laser Standard (masc), Laser Radial (fem.), Finn, 470 (masc e fem.), 49er (masc), 49erFX (fem) e Nacra 17 (Misto). Em 2020, o Kitesurfe deve ser disputado como esporte de exibição.

O Brasil tem tradição incontestável na modalidade em Jogos Olímpicos. Os maiores atletas medalhistas do país são velejadores: Torben Grael e Robert Scheidt têm cinco medalhas cada. A vela é a modalidade com o maior número de medalhas de ouro olímpicas na história do esporte do Brasil: sete. Ao todo, os velejadores brasileiros já conquistaram 18 medalhas em Jogos Olímpicos.

A primeira medalha olímpica foi conquistada por Reinaldo Conrad e Burkhard Cordes. A dupla ficou com o bronze na Cidade do México (1968), na classe Flying Dutchman. Os primeiros ouros vieram em Moscou (1980). Marcos Soares e Eduardo Penido venceram na classe 470, enquanto Alexandre Welter e Lars Björkström ficaram em primeiro na classe Tornado.

Em Pequim (2008), o Brasil conquistou sua primeira medalha na vela feminina. Fernanda Oliveira e Isabel Swan faturaram o bronze na classe 470. O primeiro ouro entre as mulheres na vela veio na Rio (2016), com Martine Grael e Kahena Kunze, na classe 49erFX.

 

Ídolos brasileiros

Três nomes se destacam entre os grandes velejadores do Brasil. Torben Grael, atual coordenador técnico da Equipe Brasileira de Vela, é dono de cinco medalhas. Ele foi ouro na Star em Atlanta (1996) e Atenas (2004) ao lado de Marcelo Ferreira. A prata veio na Soling ao lado de Daniel Adler e Ronaldo Senfft, em Los Angeles (1984). E bronze na Star com Nelson Falcão, em Seul (1988), e com Marcelo Ferreira, em Sydney (2000). Torben também é dono de seis títulos mundiais, uma Volvo Ocean Race (2008-2009) e uma Louis Vuitton Cup (2000), competição que antecede a disputa da America’s Cup.

Robert Scheidt também é dono de cinco medalhas olímpicas. Ele soma os ouros na classe Laser em Atlanta (1996) e Atenas (2004); a prata na Laser em Sydney (2000) e na Star, ao lado de Bruno Prada, em Pequim (2008); e o bronze na Star, novamente com Prada, em Londres (2012). Em Mundiais, Scheidt tem 14 títulos.

Irmão de Torben, Lars Grael possui duas medalhas olímpicas. Ele foi bronze na classe Tornado em Seul (1988), ao lado de Clinio de Freitas, e em Atlanta (1996) com Kiko Pellicano. Em Mundiais, soma duas conquistas. O segundo título veio em 2015, na Star, ao lado de Samuel Gonçalves. Lars, que tem parte da perna direita amputada desde 1998 devido a um grave acidente no mar, competiu contra velejadores sem deficiência física.

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2 respostas

    1. Olá, Mário. Tudo bem?
      Infelizmente, não temos essa informação.
      Somos um curso preparatório para o concurso de Prático de Navios, o qual exige ensino superior.

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